Entre as ferramentas utilizadas na procura desta melhoria de qualidade de vida, a Ginástica Laboral (GL) tem tomado lugar de destaque em vários segmentos industriais e não mais somente entre as empresas de origem oriental, mas também nos grandes empreendimentos organizacionais brasileiros. Dentro deste enfoque, a GL tem ganhado destaque no Brasil nos últimos dois anos, sendo utilizada como uma importante ferramenta, dentro do conjunto de medidas que visam prevenir o aparecimento de lesões músculo-ligamentares ligadas à atividade dentro do ambiente de trabalho (LER ou DORT).
Baseando-se na premissa de que o homem passa parte de sua vida ativa envolvido com o trabalho, é necessário que ações sejam desenvolvidas a fim de que diminuam os efeitos causados pelo desempenho inadequado das atividades laborais. A GL deve ser elaborada como investimento em um sistema de gestão de atividade física relacionada à saúde do trabalhador, uma interação do corpo em seus aspectos físico, mental e social, e sua harmonização no ambiente de trabalho, reforçando a preocupação da empresa com a qualidade de vida dos seus colaboradores (PIRATELLO, 2010).
Algumas organizações costumam manter ações preventivas associadas para combater o aparecimento das LER/DORT. Para isso, são necessárias orientações de um profissional da área da saúde, mais especificamente, um fisioterapeuta que realize uma análise ergonômica de todos os postos de trabalho oferecidos pela empresa. A ação desse profissional, de acordo com a NR 17, tem a finalidade de “[…] estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente” (SMT, 2013)